Inversor para conexão à rede (ou grid connected inverter)
Dispositivo
eletrônico que permite aos usuários de energia fotovoltaica ou eólica, interligar
seus sistmas com a rede da concessionária e injetar na rede o excedente de
energia produzido pelos sistemas (fotovoltaico ou eólico). Sistemas
fotovoltaicos conectados à rede (SFVCR) são muito comuns em países da Europa e
nos EUA, sendo o excedente de energia gerada enviado para a concessionária
(durante o dia) e compensado quando o consumo aumenta (por exemplo, à noite).
O inversor funciona convertendo a tensão e a corrente
elétrica contínuas, que recebe dos módulos fotovoltaicos (ou de
geradores eólicos), em corrente alternada.
A principal característica de um inversor para conexão à rede é a
capacidade de se interligar com a rede da concessionária, sincronizando sua
frequência (60 Hz, no Brasil) e tensão de saída (CA) com a mesma, e
se desconectar da rede quando esta deixa de fornecer energia como, por exemplo,
devido a desligamento para reparo ou falha na rede.
Funcionamento:
O inversor funciona captando a tensão fornecida por um gerador
CC - módulos fotovoltaicos ou aero geradores - e convertendo para a forma de
corrente alternada (CA), podendo assim alimentar diretamente a rede. O inversor
deve estar também em sincronia com a frequência da rede, usando um oscilador
local e limitar a tensão para que a mesma não seja superior à tensão da rede.Os
modernos inversores têm a unidade de fator de potência fixa, isso significa que
a tensão de saída e a corrente estão perfeitamente alinhadas, e seu ângulo de
fase é de 1 grau em relação ao da rede de energia. O inversor possui um
computador de bordo que analisa a frequência da onda da rede e
"corrige" tensão e frequência provindas do gerador. Os sistemas
fotovoltaicos de conexão à rede são caracterizados por estarem integrados à
rede elétrica que abastece a população. Diferente dos sistemas isolados que
atendem a um propósito específico e
local, estes sistemas também são capazes de
abastecer a rede elétrica com energia que pode ser utilizada por qualquer
consumidor da rede.
Os sistemas conectados têm uma grande vantagem com relação aos sistemas
isolados por não utilizarem baterias e controladores de carga. Isso os torna
cerca de 30% mais eficientes e também garante que toda a energia seja
utilizada, ou localmente ou em outro ponto da rede. Sistemas de conexão à rede
podem ser utilizados tanto para abastecer uma residência, ou então simplesmente
produzir e injetar a energia na rede elétrica, assim como uma usina
hidroelétrica ou térmica.
Para casas e empresas estes sistemas também são chamados de sistemas
fotovoltaicos de autoconsumo. Se o proprietário do sistema produzir mais
energia do que consome, a energia produzida fará com que o medidor “gire para
trás”. Quando produzir menos do que consome, o medidor deverá “girar mais
devagar”. Vale observar que o medidor deve ser apropriado para contabilizar o
fluxo de energia nos dois sentidos.
Do ponto de vista dos componentes, um sistema fotovoltaico conectado à
rede (SFVCR) é composto por módulos fotovoltaicos e um ou mais inversores. Esse
tipo de sistema - SFVCR - normalmente não utiliza baterias para armazenar
energia, pois a rede funciona como uma unidade de armazenamento.